Em estágio precário

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Em Portugal o trabalho precário é comum. O que já não é comum e que começou a tornar-se moda ultimamente é a utilização dos estágios profissionais promovidos pelo IEFP para os empregadores porem jovens (principalmente jovens) a trabalhar sem receberem um tusto.

Esta realidade foi abordada pelo jornal online Observador e constata que, muitas vezes, as empresas refugiam-se no tempo de espera para que o estágio seja aprovado para terem um trabalhador a desempenhar a sua função de borla.

Depois de várias insistências junto dos recursos humanos da entidade empregadora, o que os jovens ouvem normalmente é “o IEFP está atrasado, o estágio profissional ainda não pode começar”. Esta situação repete-se independentemente do trabalho/empresa/profissão/posto a que o candidato a estagiário se candidata.

Muitas vezes com dolo, as empresas vão adiando as decisões e atirando as culpas para o IEFP quando querem um trabalhador de borla durante mais uns tempos.

Esta situação acaba por prejudicar o jovem e ser contraprodutiva para a sua carreira e, em último caso, acaba por ser prejudicial ao país, já que a única aposta que se faz nos jovens de valor em Portugal só é feita se este for de borla. Se há a necessidade de mais um funcionário, o mais digno e honrado a fazer é pagar-lhe. E, já que o IEFP oferece a possibilidade de pagar uma parte do salário do estagiário, que se aproveite. E que não se aproveitem do estagiário. Ele só quer receber pelo trabalho que faz.

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Author: Jorge Correia

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