Ouvi alguém comentar que ninguém se deve despedir de um emprego sem já ter outro garantido. Parece um conselho lógico e sensato, mas não concordo.
Às vezes chega uma altura em que já cresceste acima do teu emprego.
Quando paraste de aprender e já não estás a desenvolver competências novas, quando já não existe nenhum desafio ou algo que te motive, quando a empresa faz um trabalho medíocre e abaixo do teu potencial, quando não há nenhuma possibilidade de evolução dentro da empresa…
Cada dia estagnado nesta empresa é mais um dia em que o teu valor no mercado de trabalho diminui.
Há pessoas que há anos que se queixam do emprego. Todos os dias.
Porque não mudam? Porque estão à espera.
À espera que alguém os encontre magicamente no LinkedIn. À espera que a economia recupere. À espera que a empresa mude por milagre. À espera que alguém responda aos três CVs que enviaram nos últimos 5 meses. Ou às dezenas de CVs que enviam de forma automática cada vez que vêem um anúncio.
Reconhecer que está na altura de abandonar o barco e decidir fazê-lo é a única forma. Quando não há urgência, o conforto fala mais alto.
O processo funciona ao contrário. Estabelece um prazo: “em Junho vou-me embora”.
Tens 5 meses para encontrar um emprego melhor.
Rute Silva Brito
Marketing Strategist, Writer & Entrepreneur
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