Estabilidade ou desafio: o que escolher?

Por Júlia de Sousa

Se está à procura de trabalho deve estar preparado para a eventualidade de se ver confrontado com esta escolha.

Procurar e arranjar emprego nos dias que correm pode por si só ser um desafio. Mas para o enfrentar é fundamental que saiba que rumo pretende dar à sua carreira profissional. Antes de se candidatar a uma oferta de emprego pergunte a si mesmo: o que pretende de um emprego: estabilidade ou desafio?

Ambas as hipóteses têm obviamente as suas vantagens. Mas cabe-lhe a si autoanalisar o seu perfil, pensar na sua personalidade e, acima de tudo, nos seus objetivos profissionais para saber qual o caminho a seguir.

Atualmente são muitos os candidatos que apontam a estabilidade profissional como o fator mais importante para se candidatarem a determinada oferta. A questão que se impõem aqui é: até que ponto a estabilidade vai servir de fator de motivação? Até que ponto vai dar o seu melhor ao desempenhar as suas funções? Ou qual será o seu nível de empenho?

Estabilidade VS Desafio

Ao procurar emprego deve pensar naquilo que o realiza profissionalmente. Mas será que todos os candidatos o fazem?! Não temos uma resposta exata, mas certamente podemos arriscar a dizer que a grande maioria dos candidatos acaba por focar as suas atenções na estabilidade profissional e se acomoda a essa situação.

Se isso os deixa ou não realizados, isso já é outra conversa! Senão vejamos. Quantos de nós, numa situação de escolha profissional, não opta pela opção mais “confortável”? Aquela que dá mais garantias em termos de contrato ou permanência?

Estes são os candidatos que optam por se manterem na sua zona de conforto, na qual não serão sujeitos com muita frequência a escolhas decisivas ou mudanças radicais. Para estes candidatos, a estabilidade acaba por ser um sinónimo de segurança.

Por outro lado, existem os outros, aqueles que quase podemos apelidar de “aventureiros” perante o panorama atual. Aqueles que se deixam conduzir pelo anseio de enveredar num desafio profissional e que pretendem oportunidades de progressão.

Qual deles o correto?

Não existe uma abordagem correta. Deve existir, isso sim, motivação. Independentemente da sua abordagem ao mundo do trabalho, no fundo, é isso que todos os recrutadores pretendem: profissionais motivados. Por isso não se candidate a ofertas de emprego para as quais não vai estar motivado, já que sem motivação dificilmente vai dar o seu melhor enquanto profissional.

Ainda que não saiba já a sua resposta, não desanime. Nem todos os profissionais sabem de imediato o que pretendem das suas carreiras, mas pensar nas suas competências e ambições profissionais pode ser uma ajuda. Se souber o que quer fazer em termos profissionais, vai poder direcionar a sua pesquisa de ofertas nesse sentido.

Obviamente, todos temos contas para pagar no final do mês; e, evidentemente, a parte monetária pesa na hora de decidir qual a oferta de emprego a escolher. Mas para se construir uma carreira de sucesso é também necessário que seja um profissional motivado. Os números facilmente lhe vão provar que os profissionais de topo são os que estão verdadeiramente empenhados no seu trabalho. Falamos de profissionais focados nos seus objetivos e sem medo de arriscar nas mudanças mais acentuadas.

Faça as suas escolhas… de forma consciente!

Seja pela estabilidade ou pelo desafio, é importante que não se limite a candidatar-se a ofertas de emprego; é importante que esteja consciente das suas opções e das implicações que as mesmas possam ter.

Para quem o desafio constitui um requisito de escolha é fundamental que esteja preparado para a mudança e para a saída da zona de conforto. Desafio é isso mesmo: é estar preparado para “abraçar” a constante mudança e evolução do mundo, da tecnologia, do mercado de trabalho, das suas próprias funções, etc. Pressupõe uma constante aprendizagem e pode mesmo significar a sua mudança de cidade ou país.

Estabilidade ou desafio; manter-se ou sair da sua zona de conforto, é indiferente desde que esteja de acordo com os seus objetivos profissionais e que se sinta motivado.

 Artigo produzido da parceria entre os projetos ICote e E-Konomista.

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Author: Jorge Correia

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