Cidades mais caras para se viver e trabalhar

Muitas vezes, um dos principais incentivos à emigração é a melhoria financeira. Com experiência e formação académica adequada, um bom profissional pode ganhar muito mais do que ganha em Portugal. No entanto, saber onde é que se pode poupar mais e onde é que vamos gastar mais desse dinheiro que vamos receber é fulcral, podendo calcular, da melhor forma, como gerir o orçamento que nos é proporcionado. Para tal, o ICote mostra as dez cidades mais caras e mais baratas para se viver e trabalhar, podendo, de alguma forma, ajudar a quem esteja com dúvidas na mudança para o estrangeiro. Neste primeiro artigo serão indicadas as mais caras, com as mais baratas a seguir num próximo artigo. Os dados são recolhidos de várias fontes, sendo médias que poderão não ser as mesmas em todos os locais das cidades.

CIDADES MAIS CARAS

1. Luanda, Angola

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Luanda é a capital de Angola. Numa cidade perto do mar vivem cerca de cinco milhões de pessoas. No ano passado, a capital angolana estava referenciada, pela consultora Mercer, como a cidade mais cara para o estrangeiros, registando o mesmo número do ranking que tinha registado em 2011. A desigualdade na qualidade de vida dos angolanos é notória, essencialmente quando se fala de estrangeiros e naturais de Angola. Encontrar uma casa segura, com os padrões europeus, por exemplo, não é tarefa fácil. Ou as pessoas estão dispostas a pagar uma quantidade absurda de kwanzas para se sentirem bem, ou então é difícil viver e trabalhar na ex-colónia portuguesa. Outros problemas são a roupa, com umas calças jeans a custar 152€, um hambúrguer, de uma cadeia de fast food custar 15 euros e um litro de leite ficar-se pelo 1,68€ (dependendo do local).

Mais informações sobre o custo de vida em Luanda

2. Moscovo, Rússia

A capital russa tem vindo a galgar posições e, apesar dos problemas entre Rússia e Ucrânia, tem-se tornado cara para os estrangeiros, muito por causa dos preços das casas, com o m2 a chegar a preços exorbitantes. Com alguns dos preços mais altos do mundo, Moscovo pode complicar a vida a quem não ganha um ordenado chorudo. Os preços dos restaurantes chegam a ser 50% mais caros que em Lisboa, por exemplo. Com a média salarial a ascender os 1000 euros, há casas, com um quarto, no centro da cidade, a custar 1200€ por mês.

Mais informações sobre o custo de vida de Moscovo

3. Tóquio, Japão

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Tóquio é uma cidade que tem vindo a ganhar importância para o sector financeiro e tecnológico. Ao contrário do Japão rural da província, a capital japonesa tem um ritmo frenético, fazendo a ponte entre o continente asiático e americano. Já foi a cidade mais cara do mundo, mas alguma quebra em diversos preços fez com que caísse para 3º lugar. Mesmo assim, comprar um quilo de queijo pode custar 21 euros e o passe para os transportes públicos custa, em média, 72 euros. As casas são caras, mas os ordenados praticados em Tóquio são dos mais altos no continente asiático, ajudando a combater esse problema.

Mais informações sobre o custo de vida em Tóquio

4. N’Djamena, Chade

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N’Djamena é a 2ª cidade africana mais cara da lista. Tem vindo a subir posições devido ao grande número de ingleses que lá vivem. A cidade, praticamente, está dividida entre locais e estrangeiros, onde se nota bem as diferenças económicas. Apesar de 80% da população ser considerada pobre, existem luxos na cidade que, por isso mesmo, se pagam muito acima da média africana. A segurança, ou falta dela, é outro assunto que preocupa o país. Os estrangeiros gastam bastante em habitação, transporte e na compra de produtos importados. Assim, N’Djamena tem, de longe, os hambúrgueres de fast food mais caros no mundo (quase 20€). Aliado a isto, o preço dos apartamentos de luxo, cinema e roupa, por exemplo, são dos mais caros do continente.

Sem dados sobre o custo de vida na cidade

5. Singapura, Singapura

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Com um dos centros financeiros mais forte do mundo, a cidade de Singapura, que partilha o seu nome com o do país, tem mostrando uma alta demanda por habitação e mercadorias. Outro problema para os preços tão altos é o crescimento da sua moeda, o dólar de Singapura. Prepare-se para pagar quase 4€ por uma cerveja de 33cl, cerca de 3€ pelo café, por ser importado, e um apartamento, com um quarto, no centro da cidade, a ir dos 1500 aos 3000€ por mês. Os automóveis são, também, muito caros, chegando a ser 10x mais caros comparando os preços aos praticados em Portugal. Apesar dos salários praticados serem muito altos, é uma cidade que continua a inflacionar os seus preços a cada ano que passa.

Mais informações sobre o custo de vida de Singapura

6. Hong Kong, China

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A China tem em Hong Kong o seu centro financeiro, sendo vital para a economia asiática. Com a chegada diária de novos empresários e empresas à cidade, Hong Kong tornou-se numa cidade muito cara. Como sempre, o aluguer de apartamentos . Os preços dos bens essenciais são equiparáveis ao custo de vida europeu, mas é nas casas que os preços aumentam. Um T2 pode facilmente atingir os 5000 euros em Hong Kong. Um café pode ficar pelos 4,50€.

Mais informações sobre o custo de vida de Hong Kong

7. Genebra, Suíça

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A Suíça continua a ser um dos países mais caros do mundo, tendo três cidades na lista. A mais cara é Genebra. Com uma moeda nacional forte, Genebra é considerada a cidade mais internacional, devido às diversas organizações mundiais que lá estão sediadas. Com cerca de 1 milhão de habitantes, um apartamento com um quarto pode chegar aos 2000 euros. O serviço de táxis é, também, dos mais caros da Europa, começando em cerca de 7€ a tarifa normal, podendo chegar aos 3€ por km. Apesar do custo alto de vida, os salários são dos mais altos do mundo, entre os 4000 e 7000 euros por mês.

Mais informações sobre o custo de vida de Genebra

8. Zurique, Suíça

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Segundo as estatísticas, os residentes de Genebra e Zurique pagam, em média, cerca de 20% mais que as pessoas de outras cidades da Europa ocidental por produtos, serviços e habitação. Os alimentos são particularmente caros porque os preços na Suíça são em torno de 45% mais altos que a média europeia ocidental. Zurique é a principal cidade de Suíça e tem quase 400 mil habitantes. Com produtos como o café, água e refrigerantes a serem muito caros, comprar um m2 no centro da cidade chega facilmente aos 10 mil euros.

Mais informações sobre o custo de vida de Zurique

9. Berna, Suíça

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A capital helvética entra no terceiro posto das cidades suíças. Nela habitam cerca de 135 mil pessoas, dedicadas principalmente à agricultura, a indústria madeireira e de manufatura. Em Berna as casas são mais baratas, mas mais difíceis de encontrar. No entanto, à casa junta-se os preços caros da eletricidade, água, gás, lixo, que ronda os 300 euros numa casa com 85m2. Não se admire, também, se pagar cerca de 4€ por uma garrafa de coca cola de 33cl.

Mais informações sobre o custo de vida em Berna

10. Sidney, Austrália

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A única cidade do continente da Oceania entra no 10º posto. Assim como Singapura, Sidney entra neste no top devido à demanda por habitação. A Austrália carece de profissionais em várias áreas, então tenta atrair estrangeiros com bons ordenados, tornando o mercado imobiliário um verdadeiro caos na maior e principal cidade australiana. Devido à força da sua moeda, outras cidades começam a ficar caras. Muita gente começa a fugir para a Nova Zelândia, sendo mais barata. O passe mensal dos transportes públicos pode chegar aos 110 euros, um pacote de 1kg de arroz fica perto dos 3€ enquanto um maço de tabaco fica a 11 euros, o mais barato.

Mais informações sobre o custo de vida de Sidney

E então, já fez a sua escolha?


Fontes: Archdaily; Guiadasemana; Numbeo

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Author: Jorge Correia

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