Nuno Casimiro | Empreendedor | Lisboa
Nuno Casimiro | Informações
- 37 anos, licenciado em Gestão de empresas;
- Começou a trabalhar em 1995, tendo passado por 10 empresas;
- Albicastranse, atualmente reside em Lisboa;
- Vive dos seus projetos online, através da publicidade e prestação de serviços;
- Irá, brevemente, entrar na área da consultoria e na formação de modo a diversificar e aumentar os serviços e rendimentos.
Os investimentos para mim começaram em 12 de Setembro de 2001, bem, o meu interesse pela bolsa de valores começou uns anos antes. Comecei a estudar a bolsa e ler jornais económicos uns tempos antes de fazer o primeiro investimento. Descobri o mundo dos negócios e investimentos já tarde. O mundo dos investimentos pode ser muita coisa, por exemplo investi na minha formação. Um investimento que posso recomendar.
Adoro Portugal, por isso tenho de dizer que sim. Mas temos de escolher muito bem onde vamos investir.O Turismo é um sector em alta, nos produtos de alta qualidade também damos cartas. É possível fazer bons negócios em Portugal, os portugueses são por norma trabalhadores e produtivos, basta olhar para a satisfação dos países que acolhem portugueses.
As novas tecnologias são na minha opinião o mercado a desenvolver. Existem tantas oportunidades, temos competências para isso, temos bons profissionais. Nada nos impede de o fazer. Investir cá dentro com olhos colocados no exterior. Às vezes pergunto-me porque os grandes sites não foram criados em Portugal. Ou porque as empresas portuguesas da net não internacionalizam os seus negócios. Muitas são as áreas onde se pode investir, fazendo diferente e inovando no sector.
Não estou dentro do mercado das exportações nem importações. Exportar produtos físicos temos a questão dos custos de transporte, para exportar alguns tipos de serviços é fácil, existem sites internacionais onde se pode vender serviços para todo o mundo, por exemplo design ou programação.
Condiciona certamente certos negócios, mas olhando pelo lado positivo, as grandes empresas mundiais utilizam o nosso país para testar produtos antes de os lançarem mundialmente. Nós podemos fazer o mesmo. Podemos lançar produtos para o mundo, podemos trabalhar em Portugal e o nosso negócio estar noutro país qualquer, a internet proporciona-nos isto, podermos trabalhar em qualquer lugar.
Já há algum tempo que ambicionava trabalhar para mim próprio, o mais difícil foi encontrar um negócio sustentável que merecesse a minha atenção. Criei o meu primeiro negócio próprio em 2007, fechou 4 anos mais tarde. Este primeiro negócio falhado, despoletou ir estudar gestão de empresas e a criação de um website para divulgação do negócio. Este último facto levou-me a dedicar os últimos anos a negócios online, e é do que vivo. Tenho já encontrado o modelo de negócio que pretendo desenvolver para o futuro, extrair rendimento em projectos online nem sempre é fácil. É necessário amadurecer esses negócios, a solução passa por obter rendimentos através da prestação de serviços adicionais de modo a obter alguns rendimentos para equilibrar as coisas. A outra solução era ter capital próprio para alavancar os negócios, mas não tenho. Os desafios são imensos, a única certeza é acreditar que somos capazes de fazer a diferença. Acreditar em nós próprios. Não ter medo de errar. Depois existe uma série de desafios, onde o financiamento é capaz de estar no topo. Mas isso nem é bem um obstáculo, quando queremos mesmo, movemos montanhas. Em casa sentado no sofá é que não se resolve nada.
Na minha opinião um bom empreendedor não teve ter medo de errar. Dever ser persistente e flexível. Por vezes as coisas demoram tempo até produzirem resultados, por vezes temos de ajustar a estratégia, outra vezes altera-la. A resistência e a vontade de vencer são o factores essenciais. Estamos a viver um tempo positivo para o empreendedorismo, mas pelas razões erradas. O empreendedorismo deveria acontecer pela oportunidade e não pela necessidade.
Gosto do conceito do Shark Tank na versão original. A versão portuguesa, sinceramente, não tenho opinião, pois ao que percebi vão mudar ligeiramente o formato. Se bem que, mesmo antes de existir já está a dar uma ajuda para a sensibilização para o lançamento de negócio e negócios próprios. O sucesso do programa em Portugal (na minha opinião) será relativamente diminuto, o perfil do povo português é bastante peculiar e singular no que diz respeito aos negócios. Mas posso estar enganado, e espero que esteja.
Existem diversos apoios para os empreendedores, por vezes estão dispersos por tantas entidades que é difícil escolher os que se enquadram no nosso negócio. Há muito a fazer, gosto de ser positivo e ser um elemento que motiva, mas vejamos: os incentivos para o empreendedorismo são criados por quem não conhece as verdadeiras necessidades dos empreendedores. Não será difícil ver porque encerram a maior parte das empresas criadas logo no primeiro ano. A fiscalidade portuguesa e a legislação para as empresas não apoia os pequenos negócios e as pequenas iniciativas empresariais. Afinal porque sou obrigado a ter um salário? Se a minha empresa não o pode pagar (ainda). Temos também outro aspecto que me indigna, porque um dos requisitos para os apoios ao empreendedorismo é a idade dos proponentes. Acima dos 35 anos, poucos ou nenhuns apoios e incentivos existem. Criar um negócio lucrativo, depende da abordagem que se tem, tanto podem ser negócios pequenos ou grandes. Em todos os mercados há alguém que ganha e alguém que perde. No mesmo nicho de mercado há empresas que têm lucros e outras que têm prejuízos. Depende de muitos factores.
Empreender é a nossa tábua de salvação, no mercado de trabalho em Portugal não há espaço para grandes ambições. No passado bastava uma licenciatura para ter emprego certo e bem pago, hoje apenas os melhores das melhores universidades conseguem isso. O meu conselho final é invista em si e num negócio próprio, pois é a única formula que conheço para poder alcançar uma boa vida no futuro. Tudo com responsabilidade, bom senso e honestidade.
O site do Nuno pode ser consultado aqui.