João Almeida | Paris

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O João Almeida tem 18 anos, é natural de São João da Madeira e trabalha em Paris, numa agência de câmbios. Está em Paris desde o início de setembro. Para além de França, onde reside atualmente, já visitou a Suíça, tendo sempre vivido em Portugal. Estivemos à conversa com ele para nos contar como está a ser a experiência fora de portas.

– João, como surgiu a oportunidade de ir para Paris?
– A oportunidade surgiu através do facto da minha família ter dado o primeiro passo, e eu, quando acabei o 12.o ano, vim para cá, também.

– França é um país com ligações aos emigrantes portugueses. Notas isso?
– De um certo ponto, posso concordar.

– Quais foram as maiores dificuldades que encontraste quando chegaste?
– A língua francesa. Embora tivesse tido aulas em anos escolares anteriores, já não me lembrava de muita coisa.

– O que podes dizer de Paris, atualmente, na generalidade?
– Pode parecer estranho, mas na minha opinião, Paris, não é a cidade do amor. Vejo o tema amor com muita calma e Paris não é assim diariamente. É uma cidade que tem bastante movimento, bastante barulho e bastantes pessoas. Terei sempre isso em mente.

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“O francês é essencial, acima de tudo. No entanto, o inglês também é bastante apreciado, assim como o Espanhol”

– Como está o mercado de trabalho em França? Há áreas mais abertas à contratação de estrangeiros?
– Penso que França ainda não decidiu fechar portas aos estrangeiros. Afinal, uma capital de um pais, deve, acima de tudo, reunir diferentes pessoas, a nível da sua nacionalidade, costumes e hábitos. Penso que os estrangeiros, na maioria dos trabalhos, acabam por ter o mesmo valor que os próprios franceses.

– É obrigatório saber francês para procurar emprego ou dominando outra língua também se consegue?
– O francês é essencial, acima de tudo. No entanto, o inglês também é bastante apreciado, assim como o Espanhol.

– Tens alguma história caricata que tenhas passado aí?
– Por enquanto, ainda não…

A nível de trabalho, tenciono ficar cá

“A nível de trabalho, tenciono ficar cá”

– O que pensas da situação atual de Portugal?
– Penso que é momentâneo. Acredito que daqui a uns valentes anos, tudo estará no devido lugar. Há que acreditar.

– O teu futuro passa por França?
– Sim, neste momento não tenciono voltar a Portugal de forma definitiva. Para férias, claro. A nível de trabalho, tenciono ficar cá, embora não tenha nenhuma ideia de tempo.

– Que conselhos deixas a quem queira emigrar para França ou outro país?
– Arrisquem! Se não estão satisfeitos com o vosso estado em Portugal, há que dar um passo em frente. Não podem estar em Portugal à espera que o trabalho vos caia nas mãos. Há que lutar, e um Português sabe o que é lutar!