Viagem ICote | Dias 10, 11, 12 e 13: Por Laos em aventura

Emprego Ásia ICote João Cabral

Dias 10 e 11

A viagem de autocarro…

A nossa boa vida na Tailândia terminou. Fomos numa carrinha de Chiang Mai atá à fronteira em Chiang Khong. A viagem não foi muito demorada, apenas cinco ou seis horas. Iamos confortáveis, e a meio da viagem até parámos em Chiang Rai para ver o famoso White Temple. Depois passámos a fronteira da Tailândia, carimbaram-nos o passaporte a indicar a saída, mas ainda ficámos 30 minutos num espaço que nem era Tailândia, nem era Laos. Aí, fomos de autocarro até à fronteira de Laos. Fizemos todos os procedimentos necessários para obter o visto, sendo muito simples, e passado uns 20 minutos já tínhamos o visto para entrar em Laos.

Chegámos a Laos, apanhámos uma tuk tuk até à paragem de autocarro para irmos para Luang Prabang. Nós estávamos em Huay Xai e daí até Luang Prabang são cerca de 500km. Num pais como o nosso, esses 500 km fazem-se em cinco horas ou menos. Aqui em Laos essa mesma distancia fez-se em doze horas, dando uma média de velocidade de 40 km/h. No entanto essa velocidade pareceu ser a ideal porque estávamos a andar no meio da montanha, numa estrada estreita, sem iluminação e que em certas partes nem asfalto tinha. Apesar destas condições, não sentimos que estávamos em perigo. Aliás, no inicio da viagem até estávamos bastante satisfeitos a dizer que o autocarro, apesar de ter gente a mais, não era desconfortável. Claro está, passado umas três horas já estávamos a dizer mal da nossa vida e a contar as horas para chegar. Deu ainda para dormir, mas volta e meia vinha uma parte da estrada mais turbulenta e como e óbvio, sentíamos isso tudo no autocarro.

Também uma coisa engraçada que o autocarro tinha era o corredor onde estavam vários sacos de arroz de 10kg ou mais. No espaco entre cada saco de arroz colocaram uns bancos de plástico que era para as pessoas que não tinham assentos se pudessem sentar de forma relativamente confortável. Também o autocarro estava cheio de outros mochileiros. Como já referimos, há sempre muita gente que faz estes percursos e por isso nunca nos sentimos sozinhos.

Passadas as doze horas chegamos a Luang Prabang. Chegámos às 6 da manhã e na estação dos autocarros já estavam à nossa espera uma série de tuk tuks para nos levar ao centro da cidade. Partilhámos então esse meio de transporte com outras pessoas e fomos para o nosso hostel. Ainda  na ida ate ao hostel conseguimos assistir a umas das tradições da cidade, que foi ver os monges a receberem as oferendas e a darem a sua bênção aos locais.

Chegámos ao hostel, tivemos direito a um pequeno almoço e fomos logo abordados para irmos a umas cascatas. Nós lá concordámos em ir, e foi ai que conhecemos mais gente e desde aí passámos o resto do dia juntos. Fomos então às cascatas, fizemos uma caminhada pela montanha acima, vimos uma reserva natural de ursos e depois lá demos uns mergulhos para refrescar. A ida até à cascata demorou cerca de quarenta e cinco minutos de tuk tuk, e na volta foi o mesmo. Parece que este é o nosso meio de transporte por todo o lado agora. À chegada ao hostel combinámos todos ir ver o pôr do sol ao Monte Phousi,  pois supostamente é algo que se deve fazer quando se visita Luang Prabang. Fomos lá, à espera de ver algo muito bonito, mas acabámos por não ver porque, tanto em Laos como na Tailândia, está a ser feita queima de mato para prevenir incêndios.  Não percebemos bem o porquê disso, mas infelizmente isto tem feito com que o céu tenha sempre uma camada de smog, dificultando assim a visibilidade.

Mas lá no topo do monte, de repente ouvimos a nossa língua a ser falada. Fomos então abordar estas pessoas e ficámos assim a conhecer o João e o Rui que estão a fazer uma viagem pelo Oriente e têm um projeto chamado “searching for lotus“, onde eles relatam a experiência deles. Acabaram por se juntar a nós e fomos todos jantar juntos, depois a um bar e no fim da noite, já depois de muita diversão e de uns copos, fomos abordados por um motorista de tuk tuk, que nos queria levar para um salão de bowling. Decidimos ir então jogar bowling, pois, aparentemente, é o que se faz por aqui quando os bares fecham.

Uma coisa engraçada aqui de Laos é que um euro nosso equivale a mais ou menos a dez mil lao kip (a moeda deles). Então sempre que vamos pagar algo, parece tudo tão caro, quando na realidade não É. Ao levantar dinheiro na caixa de multibanco assusta sempre um pouco escolher a opção de levantar 1 milhão de kips,  antes fosse um milhao de euros.

Amanha continuaremos por Luang Prabang ainda antes de irmos para VangVieng.

Dia 12 e 13

A vida em Laos faz-nos bem. Pessoas relaxadas, cidades calmas fazendo-nos sentir mesmo de férias. Os nossos dias têm sido bem passados a dar uns passeios ou mesmo só a conviver com outros viajantes no hostel. E como estamos em cidades calmas, a nossa vida passa a ser muito calma.

Um dos nossos receios ao escrever a nossa jornada, era o de por vezes não termos nada para dizer. E como já vivemos há algum tempo na Asia, algumas coisas que podem parecer engraçadas e curiosas, se calhar para nós já nos passa ao lado por já estarmos um pouco habituados.  Por exemplo, não nos surpreende muito quando vemos três pessoas ou quatro numa moto a andar pela estrada. Mas uma coisa que achamos curiosa, apesar de esta ser apenas a nossa opinião, foi a situação que nos deparámos ao comprar uma coca cola em Luang Prabang. Como já escrevemos, um euro equivale a cerca de dez mil lao kip, e fomos comprar então a bebida que ficava a cinquenta cêntimos. Como não tínhamos notas mais baixas, decidimos pagar com uma nota que equivale a cinco euros. Ao ver a nota, a senhora que nos vendeu a coca cola faz um som tipo “uau” como se fôssemos uns turistas cheios de dinheiro.

A cidade de Luang Prabang não é muito grande, mas é muito bonita. Aconselhamos vivamente a quem puder, para ir visitar. Laos, até ao momento, tem sido um país fácil de enfrentar, sem grandes chatices e stresses. Tal como a maioria das cidades que temos ido, esta também tem um mercado noturno, também com produtos mesmo bonitos. Sambem tem comes e bebes e até um buffet de rua, que por um euro e pouco se come bem. Sinceramente estávamos a contar perder uns quilos com esta viagem, mas como não somos esquisitos, não se afigura tarefa fácil perder os ditos quilos.

Partimos hoje de Luang Prabang para Vang Vieng. Apesar da distância entre as duas cidades ser cerca de 200 km,  a viagem demorou-nos seis horas. Foi uma viagem agradável e ficámos a conhecer mais gente nova. A estrada não tem lá grandes condições, vários buracos,etc, mas ao fazer este tipo de viagens dá para ver muita coisa. Há muita gente com casas na berma das estradas, muitas crianças a brincar ai também e até vimos algo que nunca iremos esquecer. Foi de tal maneira chocante para nós, que não consegui tirar foto, devido à admiração. Vimos uma criança, que estava  na berma da estrada, a segurar pela cauda de 4 ou 5 ratazanas. Não eram ratinhos pequeninos, eram ratazanas mesmo grandes e ainda vivas. Elas a mexerem-se enquanto o miúdo as segurava pela cauda. Outra das historias que nos deixou mais tristes do que surpreendidos, foi ver na estrada crianças a dizerem-nos adeus e logo a seguir a estenderem a mão e a pedir dinheiro.

Chegámos a Vang Vieng, fomos dar uma volta pela cidade e a meio encontrámos duas pessoas que vinham connosco na carrinha. Ao duas raparigas alemãs muito simpáticas e como estávamos com apetite após a viagem de hoje, fomos comer juntos, desta vez um hambúrguer, só para desconsolar um pouco, afinal de contas já vamos no nosso décimo terceiro dia de viagem, o que já faz umas quantas refeições a comer comidas locais.

Amanhã é dia de fazer atividades, das quais fazem parte visitar umas caves, fazer kayak e tubing. Afinal de contas, Luang Prabang e conhecido pelas suas paisagens a beira rio.

Até já…

Os textos foram escritos com teclado oriental, pedindo desde já desculpa por qualquer erro.

Fotos dia 10 e 11

Este slideshow necessita de JavaScript.

Fotos dia 12 e 13

Este slideshow necessita de JavaScript.

Comentários

Author: Jorge Correia

Share This Post On