Hoje o mundo é vermelho
“Benfica!”: é assim que tem começado a maioria das conversas desta semana em Portugal e eu não quis fugir à regra. O Benfica é o campeão e eu não quis fugir ao tema, ainda que quisesse devido à minha condição de sportinguista abnegado. Mas parece-me que durante esta semana vai ser impossível fugir ao tema “Benfica”.
É indiscutível, o Benfica é o maior clube nacional e as imagens da festa dos benfiquistas emigrantes em todas as partes do mundo fazem crer que o Benfica não só é o clube com mais adeptos em Portugal, a avalancha de emigrantes que nos últimos anos tem deixado Portugal tem feito também do Benfica um dos clubes com mais adeptos em todo o mundo. Em Londres, Paris, Bruxelas, Luanda, São Paulo e um pouco em cada país do mundo se festejou a vitória do Benfica. E se as imagens da festa dos benfiquistas pelo mundo servem para alguma coisa, servem para constatar o enorme número de portugueses por todo o mundo.
É, também, no futebol que essas pessoas encontram um pouco de Portugal. Por mais longe que se encontrem, o futebol leva-lhes um pouco da nossa idiossincrasia enquanto portugueses, que – nunca escondemos – gostamos de futebol.
Onde quer que haja um português há o cheiro a bacalhau salgado, um galo de Barcelos e um cachecol do Benfica. Mesmo que sejamos de outras cores clubísticas, como eu, estas festas têm a capacidade de aproximar os emigrantes com este pequeno triângulo a que chamamos de Portugal.
Façam a festa, emigrantes. Celebrem Portugal!