Bem, este foi um dia longo…
Wat Arun – Temple of Dawn
Começámos por ir ao Wat Arun. Este é um templo localizado na margem oeste do rio Chao Phraya. Para irmos até lá tivemos de atravessar o rio por barco, que nos custou 3 Baht por pessoa, cerca de oito cêntimos. É mais um local magnifico, mesmo estando neste momento em manutenção.
De seguida partirmos para a outra margem do rio e foi aí que começou a nossa grande caminhada. Continuámos mais uma vez pela parte antiga da cidade, pois decidimos explorar o centro para depois explorar na nossa próxima vinda a Banguecoque (nos últimos dois dias da nossa viagem estaremos de volta a Banguecoque, como disse no post anterior).
Wat Saket (The golden mountain)
Fomos então ao Wat Saket, mais um templo que fica no topo da cidade. Aí pudemos desfrutar de uma vista deslumbrante, que tanto encanta como preocupa, temos uma visão panorâmica da cidade com todos os seus contrastes. Não é um ponto de atracão especialmente famoso, mas a vista vale mesmo a pena, foi uma agradável surpresa e recomenda-se.
Realmente parece que visitámos muitos templos, mas a religião é algo muito marcante na Tailândia. Isso e a adoração ao Rei. Volta e meia vemos fotografias do Rei espalhadas pela cidade. O Rei é uma figura muito importante na cultura Tailandesa.
Ananta Samakhom Throne Hall (Dusit Palace)
De seguida fomos ver o Ananta Samakhom Throne Hall. Esta parte ainda fica um pouco afastada do centro e então fomos obrigados a andar imenso para lá chegar (os nossos pés vão sofrer muito). Eu e o João somos pessoas que apreciamos uma boa caminhada, mas esta foi muito longa e sob altas temperaturas. Mas mesmo assim não desistimos, o problema é que chegámos lá na hora do fecho, impossibilitando assim que adquiríssemos os bilhetes para entrar. Um dos seguranças foi bastante simpático, viu-nos e ainda disse para entrarmos e tirarmos umas fotos nos jardins do palácio, e claro que não só agradecemos a simpatia do senhor como aceitámos de bom grado a oferta e ainda entrámos para tirar algumas fotos. Afinal, a caminhada não foi inglória.
Viagem Tuk Tuk
Antes de contar a próxima etapa gostaríamos de dizer que existem de facto muitos esquemas a acontecer por aqui. Por norma os esquemas resumem-se a tentar que os viajantes/turistas paguem mais dinheiro do que é normal e justo pagar-se. Para tal, fazem uso da ‘lábia’ que eles possuem e, obviamente, do nosso desconhecimento da realidade da cidade (outros esquemas podem ser bem mais elaborados). No entanto, fizemos bem o nosso trabalho de casa sobre esta matéria. Dito isto, é de realçar que regra geral as pessoas são genuinamente simpáticas e parece terem gosto em ajudar-nos sempre que possível.
Como o cansaço era muito, decidimos apanhar uma tuk tuk para o centro da cidade. Só uma observação sobre este meio de transporte: convém não ir para as tuk tuk que estão à saída das principais atracões, pois geralmente os motoristas querem-nos levar para zonas de mercados, para eles terem direito à sua comissão. Pode parecer brincadeira, mas já tinha lido que é mais fácil encontrar lady boys na Tailândia do que motoristas de táxis e tuk tuks honestos. Mas não quero ser negativa e não quero que isto seja impedimento para usufruírem deste meio de transporte, até porque é bastante giro e diferente daquilo que estamos acostumados.
Como tal, fizemos o que tínhamos lido sobre este assunto. Fizemos sinal a um tuk tuk que estava em andamento e o motorista lá parou para começar o negociar os preços, mediante a localização que pretendíamos. Neste aspeto é importante manter sempre um sorriso, pois não queremos criar chatices com ninguém e por isso lá começámos por perguntar qual a tarifa ate à rua Khao San. Ele disse 150 BHT, cerca de 4,2 euros, e nós pedimos 50 BHT. Ele não gostou muito da ideia e pediu 100 BHT. Nesta altura, como o João diz, já estava ele a negociar com o motorista e comigo, pois eu aceito sempre qualquer preço porque fico sempre a pensar que eles ficam a perder, o que não é de todo verdade. Pois bem, depois de regatearmos lá conseguimos pagar 60 BHT. Uma experiência que aconselhamos todos a experimentar se tiverem oportunidade, vale a pena.
Massagem Tailandesa
Fomos para as ruas ao redor da Khao San, que são bastante movimentadas, e decidimos fazer uma massagem. O João fez uma massagem aos pés e eu decidi fazer uma massagem tailandesa. Ao início estava com um pouco de receio, devo admitir, porque sinceramente uma massagem deixa-me mais stressada do que relaxada. O João estava a contar que a massagem fizesse, como por milagre, desaparecer as bolhas dos pés e, como é óbvio, tal não aconteceu. Também não se pode pedir muito em meia hora.
A massagem tailandesa é feita por um terapeuta que utiliza os seus pés, joelhos, polegares, palmas e cotovelos para aplicar pressão e fazer alongamentos no corpo de quem esta a ser massajado. Confesso que desconhecia completamente este tipo de terapia, mas quis na mesma experimentar. Foi uma experiência interessante, onde ossos estalaram, e a dado ponto a terapeuta estava a fazer tanta pressão que não sabia se aquilo era para relaxar ou se era para ser doloroso. Mas pronto, acabei por passar uma meia hora mais calma, depois de ter andado o dia inteiro a caminhar.
Jantar na zona de Khao San Street
Depois da massagem, continuámos nos arredores da Khao San e encontrámos um restaurante para o nosso jantar. Nós somos um casal que tenta experimentar, dentro de certos limites, as comidas típicas, até porque somos bons apreciadores de comida. Eu comi uma sopa Tom Yum, que é deliciosa, mas deixou-me a boca a arder. O João comeu arroz frito com caril, também muito picante. A comida Tailandesa é mesmo muito picante, e apesar de apreciarmos algum picante, este é mais complicado de digerir. Precisamos de tossir umas quantas vezes para aliviar a sensação de picante na garganta, mas depois disso, e de umas lagrimas, lá conseguimos desfrutar bem da comida. E curioso haver países de clima quente, como é o caso da Tailândia, que têm na sua cozinha tradicional comidas à base de especiarias picantes. Dá para suar um bom bocado durante a hora da refeição, nada que uma cerveja gelada não ajude a ultrapassar.
Depois do jantar fomos ter a Khao San, visto que é la que tudo acontece e a rua parecia completamente diferente. O movimento que há de noite é incrível e claro sempre com vários shows a acontecer. Curioso é haver tanta gente que nos perguntou se estávamos interessados em ir ver um Ping Pong show. Aos interessados, opções não faltam.
Regresso ao Hostel
Infelizmente a localização do nosso hotel não é a mais conveniente para podermos ficar até muito tarde nesta zona e por isso decidimos vir embora no último barco.
Ao chegar ao cais, estava tudo apagado. O último barco do dia já tinha partido. No entanto, uma pessoa local lá nos deu a indicação que podíamos apanhar o autocarro para a área do nosso hotel.
Fomos então para a paragem, onde apanhámos o autocarro número 1. Os autocarros aqui são muito antigos e o sistema de arrefecimento do veículo consiste em manter as janelas abertas e umas ventoinhas ligadas. Não existe qualquer informação em inglês e mesmo com a ajuda do mapa, que até contem a linguagem Tailandesa, não nos foi possível explicar para onde queríamos ir. Acabámos por ir para China Town que apesar de não ser para onde queríamos ir inicialmente já ficava mais perto de onde estávamos.
Acontece que China Town que pensávamos ser relativamente perto do nosso hotel, e que ate tinha uma estacão de metro perto (pensávamos nos mais uma vez) não era assim tão conveniente. À chegada a China Town, o revisor saiu do autocarro para nos indicar a direção que devíamos seguir, mas nós por acaso queríamos ir na direção contrária e só descobrimos isso depois de andarmos para o lado errado durante 10 minutos.
Depois de meia hora a andar, descobrimos a famosa paragem de metro, que era a estacão anterior à do nosso hotel. Como já não estávamos a pensar claramente, decidimos continuar a andar, visto que era só mais uma estacão de distância. E foi assim que, 30 minutos depois, chegamos ao hotel.
Foi um dia exaustivo, mas engraçado. Por vezes é bom andarmos perdidos numa cidade, pois ficamos a conhecer e ver coisas que provavelmente de outra forma não seria possível (ao pensar assim pelo menos tentamos manter o espirito positivo).
Amanhã partimos para Phuket e aí vamos ter a oportunidade de passar uns belos dias na praia, esperamos nó. Em suma, planeámos a nossa viagem para começar de forma calma, com uma grande cidade como Banguecoque, seguido de uns dias nas famosas praias da Tailândia. Depois a dificuldade e exigência da viagem irão aumentar e estaremos de mochila às costas a viajar via terrestre entre países.
Hoje alonguei-me um pouco, espero que estejam a gostar da nossa história e que nos continuem a seguir.
Até amanhã.
Vídeo da viagem de Tuk Tuk
Fotos do dia