Viagem ICote | Dias 16,17 ,18 e 19: Vinte horas de viagem

Emprego Ásia ICote João Cabral

O nosso dia 16 começa com a chegada a capital de Laos, a cidade de Vientiane. A cidade não é muito grande, mas pareceu-nos ser a maior das três que estivemos.

No entanto, estamos de férias, mas por vezes temos de interromper o nosso descanso para tratar de assuntos sérios. Sem querer estar a divulgar muito para não agoirar, o João passou uma fase de recrutamento de uma empresa que ele estava interessado, então tivemos de passar tanto o dia 16 como o 17 a fazer uns vídeos e a editá-los para enviar para a empresa. Não foi nada fácil devido ao facto de não termos computador connosco e porque tivemos algumas dificuldades no acesso a internet.

Mas, de noite, lá conseguíamos ir dar uma volta pela cidade.

O dia 18 foi então o único dia que tivemos para ver a cidade, sem preocupações. Mas como tínhamos de apanhar o autocarro noturno para o Vietname, às cinco da tarde, então tentámos aproveitar o máximo que conseguimos para ver Vientiane. Fomos a alguns templos, ao Patuxai, que é uma espécie de arco de triunfo da cidade, e ainda demos uma volta pela beira-rio. Uma das coisas que perdemos e que gostávamos de ter ido foi o Buda Park, mas foi por uma boa causa. Infelizmente no único dia que tivemos para ver a cidade, o nosso tempo era tao limitado que tivemos de fazer opções.

A chegada das cinco horas foi rápida. O momento que tao esperávamos, pois era quando nos iam buscar ao hostel, de tuk tuk, para nos levarem para a estacão dos autocarros. Na estacão, apanhámos o autocarro com destino a Hue, no Vietname.

Muita gente fala da viagem do inferno que e ir de Vientiane em Laos, para a capital do Vietname, Hanoi. A viagem que nós fizemos não e tão falada na net, no entanto é quase tao infernal quanto a anterior. Ei passo a explicar: não é que tenha sido desconfortável na totalidade, mas enquanto a primeira viagem que referi leva sempre muitos turistas, a que foi a que nos fizemos só leva, na sua maioria, locais. Isso não é problema como é óbvio, mas quando chega a noite, e o autocarro para por qualquer motivo, e temos gente a gritar connosco para sair do autocarro, sem nos dar uma explicação pois não falam inglês, pode parecer que estamos mesmo sozinhos ali. É que ninguém sabe falar inglês, nem os motoristas, e nós como não conhecemos nada, temos de depositar a nossa confiança nestas pessoas e esperar que corra tudo bem.

O autocarro, chamado sleeping bus, pois tem uma espécie de camas para as pessoas dormirem, pode parecer confortável, mas o que acontece e que os passageiros não tem tanta estabilidade, sobretudo se vão nas camas no segundo andar do beliche, e também porque as estradas em Laos deixam muito a desejar, então sempre que passávamos por um buraco, lá se iam as nossas costas. Mas mesmo assim deu para dormir, não fosse esta uma viagem de 20 horas, e seriamos malucos senão dormíssemos.

A viagem estava a começar bem, quando de repente tivemos parados no transito porque um camião se despenhou contra um restaurante da estrada. Mas rapidamente (passados 40 minutos) a situação estava resolvida, pois fomos dar a volta a essa estrada.

Seguiu-se depois a viagem, com umas paragens para comer ou para usar a casa de banho. As casas de banho eram curiosas, pois não eram. Basicamente se alguém necessitava de ir, tinha de ir para a berma da estrada, independentemente de serem homens ou mulheres. A dada altura saio do autocarro e vejo uma fila de mulheres a fazerem la as suas necessidades. O pior disto é que estava um homem perto delas, e que nem sequer teve a boa educação de virar costas. Eu bem tentei olhar para ele com ar de reprovação para ver se ele entendia, mas parece não o ter afetado e como eu também precisava muito de ir, tive de tentar esconder-me.

De resto, a viagem correu bem até chegarmos a fronteira. Chegámos à fronteira às cinco da manhã e apesar de nos terem dito que a fronteira abria às seis da manha, a realidade foi que tivemos de esperar ate as sete e meia para podermos passar.

Na fronteira, não nos queriam deixar sair, porque não estavam a entender como se lia os nossos nomes nos passaportes. O meu até entenderam passado uns minutos, mas eu também só tenho quatro nomes. Já o do João, tive de esperar vinte minutos até o deixarem sair de Laos e entrar no Vietname. É que o rapaz tem seis nomes e isto confunde os funcionários das alfândegas, que só estão habituados a verem nomes assim tao longos quando se trata da família real.

Depois de passarmos a fronteira, lá esperamos que o nosso autocarro também passasse, para nos levar ate à cidade de Hue. Perguntei várias vezes ao motorista, através de gestos, e dizia uma espécie de “bus goes to Hue?”, ao que ele olhava e depois ignorava. Nesta fase, a nossa preocupação já não era a de passar a fronteira, mas sim de esperar que eles nos levem para o sítio certo.

Passadas 4 horas depois de atravessarmos a fronteira estávamos nos em Hue. O motorista e os seus compadres gritaram-nos da outra ponta do autocarro, para nos avisar que já tínhamos chegado.

À saída do autocarro, fomos logo abordados por uns taxistas para nos levarem ao hotel. Nós aceitámos e lá fomos de táxi… Ah já agora, táxi refere-se aqui a uma moto táxi. Mesmo estando de mochila grande às costas, eles lá arranjaram maneira de nos trazer ao hotel.

Depois até decidimos fazer um tour com eles pela cidade. Levaram-nos aos túmulos dos imperadores, à pagoda de Thien Mu, tiraram-nos fotos com vista para o rio perfume, e depois do tour acabar fomos beber uma cerveja com eles.

As pessoas aqui parecem-nos extremamente simpáticas. Claro que temos de ter sempre cuidado para não cair em esquemas, mas com um pouco de bom senso, não há nada de mal em aproveitar estas pessoas, comos os nossos guias, que apesar de nos cobrarem uma certa quantia, não muita claro, nos mostram a cidade e nos contam um pouco da sua história. E nós agradecemos.

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Author: admin

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