Afinal, não é boa ideia sermos médicos quando crescermos
Desde pequenos que aprendemos que há profissões que garantem uma boa qualidade de vida. Que nos permitem ter uma casa com jardim e piscina, empregada interna e cozinheira, um carro topo de gama, passar férias em destinos paradisíacos e ter os filhos nos melhores colégios. Vestir roupas de marca e ter tecnologia de ponta. E que se não temos jeito para futebolistas, então o melhor é sermos médicos. Toda a gente sabe que o senhor doutor...
A moda das pulseiras de elásticos
A febre das pulseiras estende-se aos pulsos, tornozelos, pescoços e dedos de tudo o que é criançada, independentemente da idade ou do sexo. E pai e mãe que se prezem têm de andar de pulseira de elásticos no pulso (eu confesso, sou uma dessas mães). Todo um mundo de possibilidades à volta dos elásticos está a surgir. Uma nova indústria, quem sabe criadora de inúmeros postos de trabalho. Há elásticos transparentes, de mil e uma...
Os médicos também vão à casa de banho
Em crianças, quase todos passamos pela fase em que queremos ser médicos quando formos grandes: parece ser uma profissão importante, essa de curar pessoas. E nessa altura, o que importa mesmo é que, se formos médicos, vamos ter um estetoscópio e uma luzinha para ver a garganta, e com sorte também um daqueles aparelhos para espreitar para o ouvido, que sabemos que tem um nome complicado mas não fazemos ideia qual. Depois crescemos. E...
E depois dos cravos
Autora do blog Café, Canela & Chocolate Nasci depois da revolução dos cravos. Sempre conheci a liberdade, o poder andar de mão dada na rua, o falar abertamente e expressar a nossa opinião sobre todo e qualquer assunto. A PIDE e a censura não são do meu tempo e não consigo imaginar o nosso país nessa altura. Mas contam-me como era – os meus pais e amigos – e há mil e um documentários e notícias sobre o assunto. Fala-se sobre as...
As facturas da (nossa) sorte
É mesmo inevitável. Parece que as nossas prioridades nos dias que correm, para além do futebol, são os carros e as facturas. Pedimos factura, ganhamos carros alemães. Podiam ser carros italianos ou espanhóis – ou mesmo carros entregues ao estado por consumidores em dívida. Mas não. Se pedirmos factura pelo café todos os dias da semana, chegamos aos 10 euros e temos direito a um cupão para ganhar um carro recém-comprado a uma...
No (meu) mundo ideal, não haveria dinheiro.
Sempre gostei daquele conceito do médico tradicional: aquele que ia de casa em casa, que tratava as pessoas (com cuidados médicos ou só com uma boa conversa) , que era mais do que um cuidador mas também um amigo, e cujos serviços eram pagos com um presunto, couves portuguesas, ovos ou galinhas. Gosto do conceito (provavelmente romântico e idealista) de um mundo sem dinheiro. Um mundo que não dependesse do preço dos barris de petróleo...